quinta-feira, 15 de julho de 2010

"To impugnado!"

Satirizando o famoso vídeo da reportagem do programa da TV Globo, "Profissão: repórter", vou falar sobre os candidatos impugnados de Londrina. A reportagem de Fábio Silveira, leia-se blog Baixo Clero, de hoje no JL tratou de comentar esse assunto.

Há 3 candidatos a deputado estadual com base em Londrina que tiveram pedidos de impugnação de suas candidaturas para esta eleição de 2010. Todos os pedidos têm como base a Lei Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso Nacional este ano e sancionada pelo presidente.

O pedido de impugnação para o ex-prefeito Nedson Micheleti (PT), foi em virtude de um processo por improbidade administrativa na sua primeira gestão, julgado pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ), ele supostamente havia feito promoção pessoal com dinheiro público em um evento.








Um novo no páreo é o ex-reitor da UEL, Wilmar Marçal (PSC), que teve o pedido de impugnação com base no fato dele ter feito o registro de sua candidatura fora do prazo. Assessores dizem que foi apenas um erro de digitação e que já está sendo corrigido.









Agora, preparem-se que o texto é longo... O terceiro pedido de impugnação não é nenhum espanto para nós, refere-se ao ex-prefeito Antonio Belinati (PP), aquele que teve a sua candidatura impugnada no final das eleições de 2008 e, por conta disso, Londrina ficou sem prefeito no começo de 2009 e precisou fazer um inédito terceiro turno nas eleições, lembram? Então, Belinati possui várias condenações no seu currículo... ou seja, um belo exemplo de funcionário público, né? NOT! (sic)






Voltando... Ele foi condenado em 3 processos e responde a outras dezenas. O primeiro pelo Tribunal de Contas (TC), por causa de irregularidades em um convênio com o DER (aquele do post "Rodovias e suas marginais..."). O segundo pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ), diz respeito ao seu segundo mandato, no qual o ex-prefeito é acusado de retirar dinheiro dos cofres públicos para premiar os jogadores do Londrina Esporte Clube, que ganharam o campeonato paranaense de 1992. O terceiro também pela 1ª Câmara Cível do TJ, fala sobre o recebimento de salário como membro do conselho fiscal da Comurb, mesmo após o término de seu mandato como prefeito. Isso sem falar nos processos de impugnação julgados com pareceres contrários pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2008.

Contextualizando... a Comurb é a atual CMTU, aliás, a Comurb mudou de nome em uma tentativa de recuperar o prestígio junto à população por causa dos inúmeros escândalos de corrupção revelados no terceiro mandato do Belinati, no qual ele foi cassado pela Câmara Municipal. O escândalo chamava-se "AMA-Comurb", pois envolvia também irregularidades na Autarquia de Meio Ambiente (AMA), que também mudou de nome, agora se chama Sema (Secretaria de Meio Ambiente). Se quiserem saber mais sobre este triste fato na história de Londrina, assistam ao vídeo "Londrina não esquece" no youtube, que foi feito nas eleições de 2004 pela campanha do PT - Nedson Micheleti disputava o segundo turno com Belinati e o resto da história já sabemos. O vídeo apresenta em detalhes tudo o que ocorreu naquela época, desde os escândalos surgindo em 1999 até a cassação do mandato em 2000.

Resta-nos agora esperar e cobrar para que a justiça cumpra a Lei Ficha Limpa e, finalmente, políticos com a ficha suja saiam do quadro eleitoral.

Fotos de autores desconhecidos.

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