O 13º post da seção "Você sabia?" trará uma curiosidade sobre Londrina e o cinema brasileiro. Durantes os anos de 2001 e 2002, a cidade foi palco para as gravações do filme "Gaijin 2", de Tizuka Yamasaki, uma das mais importantes cineastas do Brasil.
O filme conta a saga de imigrantes japoneses que desbravaram o Norte do Paraná. A palavra "gaijin" quer dizer "estrangeiro", pois na trama há um romance entre uma descendente japonesa e um descendente espanhol, assim, unindo a história de dois povos muito distantes e que se encontraram na colonização do solo pé-vermelho.
A produção utilizou algumas locações externas, como a Concha Acústica, algumas ruas do Centro da cidade e fazendas antigas na Zona Rural.. mas o mais interessante é que foi montada uma réplica de Londrina no início dos anos 30 e 40 na Fazenda Santa Helena, que fica próxima à Mata dos Godoy. Logicamente, em menor escala, mas tinha ruas, prédios, casas e até a Catedral!!! Esse trabalho foi coordenado pela Yurika Yamasaki - irmã da Tizuka - e acompanhado por diversos profissionais da cidade, por conta de todo o levantamento histórico, arquitetônico e urbanístico que a equipe de filmagem realizou sobre a região.
A produção utilizou algumas locações externas, como a Concha Acústica, algumas ruas do Centro da cidade e fazendas antigas na Zona Rural.. mas o mais interessante é que foi montada uma réplica de Londrina no início dos anos 30 e 40 na Fazenda Santa Helena, que fica próxima à Mata dos Godoy. Logicamente, em menor escala, mas tinha ruas, prédios, casas e até a Catedral!!! Esse trabalho foi coordenado pela Yurika Yamasaki - irmã da Tizuka - e acompanhado por diversos profissionais da cidade, por conta de todo o levantamento histórico, arquitetônico e urbanístico que a equipe de filmagem realizou sobre a região.
Mais sobre os bastidores deste filme pode ser visto nesses 4 vídeos, que foram feitos pelo Jornalista Waurides Brevilheri Júnior, que apresentava o programa "Jornal de Negócios" na afiliada local da Rede Record. São vídeos meio longos (em torno de 8 minutos de duração) e, apesar do constante ufanismo, mostram bastantes curiosidades sobre a filmagem e vários detalhes históricos muito interessantes sobre Londrina e todo o Norte do Paraná.
Outra curiosidade é que precisaram de vários figurantes para as cenas, assim, escalaram a própria comunidade local para participarem das gravações e o interesse foi tanto que vieram descendentes japoneses de Maringá, Uraí e Assaí!!! Assim, durante a escalação dos participantes, surgiu uma personagem muito carismática e que acabou roubando a cena do filme inteiro, que foi a batyan Aya Ono. Assim como todas as batyans (avó em japonês), ela está sempre risonha e simpática, conquistando também o jurí do Festival de Gramado, o maior do gênero cinematográfico no país.
Aya era feirante na cidade e foi chamada para ser figurante, mas acabou ganhando papel no final do filme, como a última fase da batyan, que rendeu a ela o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no festival!!!
Acredita-se que toda a produção tenha injetado em torno de R$3 milhões de reais na economia local e a escolha de Londrina foi uma iniciativa da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura, cujo secretário da pasta era Bernardo Pelegrini, em comemoração aos 70 anos da cidade. Entre atores e técnicos, "Gaijin 2" - também conhecido como "Gaijin - Ama-me como sou" - empregou quase 300 profissionais e entre figurantes movimentou mais de 3 mil pessoas!!! Havia atores estrangeiros e brasileiros, como Mariana Ximenes, Zezé Polessa, Louise Cardoso e Luís Mello. O filme custou R$10 milhões de reais (apesar da Sercomtel ser uma das patrocinadoras, não teve mais recursos da cidade, o restante foi obtido com verbas federais e patrocínios de outras empresas, além do governo japonês).
O filme teve o lançamento em 2005 e a pré-estréia foi em uma sessão exclusiva no Cine Catuaí para todos os envolvidos nas gravações. Apesar de vencer também os prêmios de Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção e Melhor Filme no Festival de Gramado, "Gaijin 2" recebeu várias críticas negativas pelo drama constante no romance do casal citado anteriormente, digno de "novelas mexicanas" - segundo alguns críticos de cinema. Mas, ao mesmo tempo era muito elogiado pela técnica de filmagem - pelos mesmos críticos de cinema.
Realmente, não achei o filme um primor, mas tirando a parte do romance, que é mais do meio pro final, o filme é muito interessante para nós, pés-vermelhos, ao mostrar parte da nossa história e de nossos pioneiros. E, para os descendentes de japoneses, o final é bastante comovente com algumas cenas da batyan. Resumindo, os pontos altos do filme são Londrina, os pioneiros e a batyan.
2 comentários:
Parabéns pelo blog! Leio faz tempo, e é realmente muito interessante!
Sobre este filme, achei perfeito o comentário do crítico Pablo Villaça, do site cinema em cena:
Na primeira metade, o melhor filme brasileiro de todos os tempos.
Na segunda metade, o pior filme brasileiro de todos os tempos.
risos
Hehehehe... é meio q isso mesmo, Carlos...
Apesar de q eu acho o final bastante emocionante com o desfecho da batyan, só o desenrolar da "história de amor" do casal q ficou meia boca mesmo...
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